sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Obras de Ana Saldanha



O romance de Rita R

Um computador portátil usado, a preço irresistível. Não resisti. Só passados dias o liguei. Estava a transbordar de documentos! Não abri nem um. Se encontrasse um diário também não o leria. Eu tenho princípios.Tentei encontrar o vendedor, sem resultado. Que fazer? Não tinha alternativa: ouvi o áudio-diário da Rita. Era um diário típico de uma adolescente. Li também as receitas, as tentativas de escrever um romance, olhei para as fotografias, li os e-mails. E o pequeno mundo que me apareceu à frente era sólido e completo.Enviei tudo ao meu editor. Com dificuldade, consegui convencê-lo de que, desta vez, a ficção era uma história real, realmente contada pela sua protagonista. Tenho a esperança de um dia vir a conhecer pessoalmente a Rita R.



Cinco tempos quatro intervalos

Uma menina gorda chamada Dulce, que gosta de gatos e tem pais divorciados. E tudo se passa ao longo de uma manhã de aulas. Poderia resumir-se assim este livro... Se não fosse o talento da autora, o modo como trabalhou o tema, a consistência e a verosimilhança das personagens, a forma contida como tudo é apresentado - muito embora a emoção não deixe de estar presente. Uma escrita notável, e certamente o melhor livro para a faixa juvenil que Ana Saldanha escreveu até hoje


Uma Questão de Cor

Quando a prenda de Natal é um computador, quem quer saber do trabalho de casa de Matemática? Todo os momentos livres são necessários para jogar uns jogos malucos.Os pais da Nina é que não concordam. Nem o Danny, o primo que vem viver para casa dela.Por que teve o Danny de mudar de escola? O que fazer em casos de ataques de criancice? E quando há falhas no sistema? E o Vítor, por que começa a comportar-se de forma tão palerma? Será que os amigos da Nina não compreendem que somos todos diferentes, mas todos iguais?


Pico no Dedo


Uma voz sonolenta acorda a Maria Artur. Deitado no sofá, o Raul vê um anjo azul a saltar no trampolim. A Rita ouve Lou Reed (A perfect day) e recorda dias perfeitos com o Rodrigo. Na véspera de Natal, o Diogo ajuda a sua avó, e não apenas a preparar a ceia. E a Bárbara não se importa — não muito — que o pai esteja a fazer uma figura de «roqueiro»serôdio.Estas e outras personagens dos contos incluídos nesta colectânea são adolescentes como outros quaisquer e nas suas vidas há conflitos espinhosos, alarmes inesperados e modelos a não seguir. Mas há também esperança e vontade de ser feliz.

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