quarta-feira, 23 de abril de 2014

No dia  Mundial do Livro e dos Direitos de Autor, os alunos do 3º ciclo participaram mais uma vez na fase distrital do Concurso Nacional de Leitura que, este ano, foi organizada pela Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco.
Um dia dedicado à leitura e ainda a oportunidade de assistir na Casa das Artes a momentos teatrais e musicais de muita qualidade.

terça-feira, 22 de abril de 2014

Sugestões de leitura para comemorar os 40 anos da "Revolução dos Cravos"


"O João subiu para a bicicleta, que rangeu aflitivamente. Às primeiras pedaladas, ela respondeu com alguns estalidos, como os dos ossos de um velho que se levanta de uma cadeira, mas pouco depois já rolava pela estrada abaixo. Ele pedalou com mais força e atravessou o ar morno da manhã. Sentia não sabia o quê que o empurrava para diante. Cheirava-lhe não sabia a quê, sabia-lhe não sabia a quê. E esse “não sei quê” era a liberdade. Estava dentro dele e à volta dele, por todo o lado. Também ele era um rapaz numa bicicleta azul e também ele levava a flor da liberdade numa manhã de Abril. Com ela, podia ir até onde quisesse. Por isso, pedalou ainda com mais força e avançou a sorrir na direcção do sol."




"E se um menino se chamasse Portugal?Ou então: pode o Portugal do antes do 25 de Abril ser comparado a um menino?Ora por que não? Ouçam pois a sua história: como cresceu e sofreu e lutou até, já adulto, ver realizado um sonho.E que sonho foi esse? O da liberdade, é claro. Mas imaginou também uma democracia e uma justiça que julgou possíveis no seu país à beira-mar. Esse país onde hoje o mesmo menino, homem feito agora, continua atento a sonhar com um mundo melhor."



"A Flor de Abril conta às crianças o que o 25 de Abril foi, fazendo-o. Sem maneirismos nem condescendência, um pai, pintor, busca na memória as respostas à curiosidade do filho, que viu um cravo desenhado sobre o cano de uma espingarda. Com a simplicidade dessa conversa a dois, vemos como Portugal despontou para a liberdade numa madrugada de 1974. Percebemos que país era esse - isolado, amordaçado e mergulhado num conflito que se eternizava. Entendemos que a ânsia de libertação transbordava largamente o universo dos militares que saíram à rua no 25 de Abril. E compreendemos a necessidade de acarinhar valores tão difíceis de conquistar e que, por hoje fazerem parte das nossas rotinas, julgamos serem naturais e isentos de perigo."



"7x25 Histórias da Liberdade" é um conjunto de contos cujas personagens principais, falando na primeira pessoa, são objectos carregados de simbologia: o semáforo que travou a revolução durante uns minutos, o lápis da censura que, de repente, se vê como um elemento criativo nas mão de uma criança, a G3, o portão da prisão de Caxias, o megafone...
A autora, com estes textos simbólicos, oferece-nos uma visão subjetiva daquilo que se passou nas primeiras horas do dia 25 de Abril de 1974, fazendo o contraste entre a opressão e a liberdade"