Rio
Sou um rio que corre
nas margens do meu sonho.
Sou raiva e fúria,
ou doçura e calmaria.
Sou força que tudo arrasta,
sou um cavalo sem freio,
sou um touro de lezíria.
Corro para me libertar,
nada me prende aqui.
Quando por fim chego ao mar,
sou onda que morro na praia
cansada de tanto caminhar…
Ana
João da Rocha Alves, 5ºD
O Mar
Prende-se o meu olhar
no manto azul,
O manto imenso do mar…
No manto azul prende-se
o meu olhar
Ao ver barcos a navegar!
Barcos à vela.
Fazem-me sonhar…
Sentir o vento a
empurrar…
Ó, Mar! Não te tornes
bravio,
para eu te poder
navegar.
Balançando, balançando,
balançando sem destino,
Não perdendo o meu rumo,
com a ajuda do golfinho!
Vejo mar e mais mar,
não me canso de o ver,
Não me canso de o
navegar…
É o Mar!
É o Mar!
Pedro Miguel Veiga
Raimundo, 5ºB
Doces, doçuras
Misturo o mel
com poeira de farinha
parto os ovos
sem quebrar toda a casquinha.
Junto raspa de limão
à massa bem suculenta
adiciono açúcar
pois não sou nada avarenta.
Ponho o meu avental
para estar bem equipada
vou fazer brigadeiros
para a nossa consoada
Pego na frigideira
pr´a fazer uma filhó
são douradas e bonitas
como as da minha avó.
Coloco a folha de linho
na mesa do meu jardim
farófias, arroz doce,
as compotas e o pudim.
Bruna Rafaela Coelho Gomes,5ºD
O Mar
Mar brilhante
De água azul
Vivem lá peixes
Com um ar muito “cool.”
Dantes tinha medo
Daquele grande mar
Fiquei surpreendida
Quando fui lá mergulhar.
Vi várias espécies
De peixes raríssimos
Olhei à minha volta
E vi muitos abismos.
Voltei à superfície
Para respirar
Vi uma gaivota
Que estava a pescar
Voltei a mergulhar
Nadei até ao fundo mar
Para um tesouro
Tentar encontrar.
Ana Catarina Loureiro da Silva, 5ºA
Música no coração
No coração tenho música
Ela é a minha paixão.
Quer de noite, quer de dia,
Está presente no meu coração.
Os acordes musicais
Vibram na minha mão.
Podem até ser banais,
Mas trazem-me muita emoção.
Dó ,Ré, Mi,
Eu gosto muito de ti.
Mi, fá, sol,
Pareço um girassol.
Sinto-me a flutuar
Num balão rosa framboesa
Com um vestido de tule
E sapatos de turquesa.
Na ópera, no concerto,
Na rádio e televisão,
Quando ouço uma melodia,
Dou asas à imaginação.
Tenho os meus próprios ídolos
E gosto de os imitar.
Fingir que sou uma estrela
Nos teus olhos a brilhar.
Andreia Peixoto, 5ºE
Foi uma vez...
O quadro preto, frio, marcado a giz…
O eco dormente, longínquo, que invade
As lembranças de uma infância feliz
Desfocadas pela embriaguez da saudade…
Agora, no plástico falso e grosseiro
Encarnam, em miragem, as águas passadas…
Ainda sinto… Eterno nada passageiro…
Restam apenas cinzas, lembranças cremadas...
Funeral de quem jamais será... Mas foi já!
Saudosa nitidez, repente do amanhã
Contrastes bruscos, incerteza sobeja!
Vida – Morte... Contornos tão esbatidos da hora
De quem quer ser, de quem não é – mas foi outrora!
Nada seja.
Alexandra Francisco Ramôa da Costa Alves, 9º C
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