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Quando o meu corpo apodrecer e eu for morta
Continuará o jardim, o céu e o mar,
E como hoje igualmente hão-de bailar.
As quatros estações à minha porta.
Continuará o jardim, o céu e o mar,
E como hoje igualmente hão-de bailar.
As quatros estações à minha porta.
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Outros em Abril passarão no pomar
Em que eu tantas vezes passei,
Haverá longos poentes sobre o mar,
Outros amarão as coisas que eu amei.
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Será o mesmo brilho, a mesma festa,
Será o mesmo jardim à minha porta,
E os cabelos doirados da floresta,
Como se eu não estivesse morta.
Como se eu não estivesse morta.
In Cem Poemas de Sophia, Visão JL
1 comentário:
Eu adoro os poemas de Sophia De Mello Breyner Andresen porque ela a minha poetisa portuguêsa preferida......
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