
Livro do mês
-Achas que deixam entrar cães?
- Não sei. O melhor é não perguntarmos e irmos entrando.
A Luísa pegou no Caracol e falou com voz meiga enquanto lhe afagava as orelhas.
-Porta-te bem, hã? Nada de latidos.
Quanto ao João, segurou firmemente a coleira do Faial e ordenou-lhe:
- Não te afastes de mim nem ladres.
O cão resfolgou e, agitando o enorme corpo peludo, acertou o passo com o dono de modo a formarem um conjunto perfeito de quatro patas e duas pernas.
Avançaram então pela beirinha da estrada, todos tão perto do muro que roçavam os braços na pedra. Quando chegaram ao portão, pararam um instante, encantados.
- Eh pá! Esta quinta é um espetáculo!
- A casa parece um palácio.
Teresa foi a primeira a pisar o caminho que corria entre duas filas de árvores acolhedoras. Sentindo o saibro ranger debaixo das solas, estremeceu de prazer.
- Isto dá a sensação de que vamos atravessar um sonho.
- E vamos mesmo- disse a irmã. - Só encontramos o que viemos procurar se atravessarmos o mundo da fantasia.
Os rapazes riram-se.
- Resolveste armar em poeta ou não acreditas na história da mancha vermelha?- perguntou o Pedro.
in " Uma aventura na Quinta das Lágrimas", pp.10-11
Agora descobre tu esta história fantástica ligada ao romance de amor mais trágico da História de Portugal, o romance de D. Pedro e D. Inês.
Boas Leituras.
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